7 de jun. de 2011

ICC preocupado com a exploração sexual infantil

ICC contra a exploração sexual

Profª Maria José Cândido ministrando palestra sobre exploração sexual para as crianças do Ens. Fundamental
          A política pedagógica do ICC, preocupa-se com problemas sociais. Por isso, foi realizado um evento em nossa escola contra a exploração sexual infantil. Prevenir o abuso sexual infantil é tarefa difícil para todos nós, porém, a educação, permeada pela escola, serve como alicerce em busca de combater este ato.
          Através de medidas socioeducativas os alunos do Ensino Médio e Ensino Fundamental II, orientados pela professora Mª José Cândido, realizaram palestras, debates e apresentações musicais sobre o assunto objetivando prevenir tal violência.

Larissa, aluna da 1ª Série do Ensino Médio conversando com as crianças do Fundamental.
             “No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes é crime previsto no artigo 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Quem cometer o crime está sujeito a pena de 4 a 10 anos de reclusão, além da multa.” Isso é o que diz a lei, mas desde quando a obediência de leis é prioridade do brasileiro?
             Quando falamos em exploração sexual, logo vem a revolta. A sociedade se mantém firme em seu ponto de vista moralista a respeito do assunto. Ouviremos muitas pessoas falarem “Horrível! Absurdo! Uma afronta aos direitos humanos!”.
            A exploração sexual infantil é a mais desleal, pois não estamos falando de seres humanos maduros, estamos tratando de crianças e adolescentes com o mínimo de conhecimento tanto sobre sexo quanto sobre vida. Mas qual a solução para o problema? Talvez políticas socio-educativas, talvez mais empregos, talvez buscar uma resposta dentro da nossa própria história.
            Na antiguidade, em muitas civilizações, a prostituição era praticada por meninas como uma espécie de ritual de iniciação quando atingiam a puberdade.No Egito antigo, na região da Mesopotâmia e na Grécia, via-se que a prática tinha uma ritualização. As prostitutas, consideradas grandes sacerdotisas (portanto sagradas), recebiam honras de verdadeiras divindades e presentes em troca de favores sexuais.
             E por que isso mudou? Durante a Idade Média houve a grande tentativa de eliminar a prostituição, impulsionada em grande parte pela moral cristã, mas também pelo grande surto de DSTs, principalmente sífilis. Mas então por que a prostiuição não acabou? Neste período havia o culto ao casamento cortês, onde as uniões eram arranjadas somente por interesse. Casamento forçado? Interesses econômicos acima de tudo? Não seria esse um indicio de exploração sexual? A tentativa da igreja na Idade Média não só falhou, como ainda reforçou a prostituição.
            Voltando ao presente, a prostituição em muitos países é uma profissão legalizada. Há a conhecida zona vermelha de Amsterdã onde mulheres ficam expostas nas vitrines e fazem sexo por dinheiro com muita naturalidade . Então nesses países prostituição não é mais exploração? Isto depende de seus conceitos. A exploração sexual está inteiramente ligada aos valores morais, econômicos e culturais da sociedade em que se situa.
           No Brasil, prostituição é contra a lei, mas você conhece alguma prostituta que foi presa? Exploração é sinônimo de injustiça. E é contra ela, a exploração, que a sociedade deve lutar. Mas, que não sejamos hipócritas ao denunciar a exploração sexual, levantando posturas sólidas de indignação, enquanto muitos participam da prostituição virtual, a exploração globalizada. Ou será que você nunca ouviu falar que alguém próximo a você entrou em um site de fotos eróticas, alugou um filme pornô, comprou revistas e até mesmo acionou a webcam para conversas, eu diria intimas, com outro internauta?
           É preciso pensar e discutir a prostituição e a exploração sexual infantil sem tabus, com fatos e idéias sinceras, pois como disse este assunto desde muito tempo dá o que falar.


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